25 de fev. de 2011

MAIS UM DIA DE TRABALHO E MAIS UM DIA EM QUE A LEI NÃO É CUMPRIDA. ATÉ QUANDO?

Coleg@s, PARA REFLETIR E AGIR!!!

Mais um dia de trabalho. O mesmo gentil motorista, a longa distância, alguns passageiros conhecidos, mas um em especial. Um senhor que se sentou ao meu lado. Ele, com mais tempo de juventude que eu, corretor de imóveis (vendeu muito bem o seu peixe, por sinal) e trabalhador desde sempre, como ele mesmo se definiu. "Já trabalhei na roça, fui pedreiro e agora estou melhor de vida". Disse que, certa vez, foi vender uma casa a uma arquiteta e, papo vai, papo vem, revelou a ela que já havia trabalhado na construção civil. Nisso, sua cliente, dizia o jovem senhor, começou a tecer várias perguntas em relação à qualidade das argamassas, o melhor cimento e etc. e tal. Assim, o jovem senhor, olhando para mim e gesticulando muito disparou: "Mas como uma arquiteta não sabe disso?" E eu, como boa assistente social que sou (rsrs), respondi com outra pergunta: "O que seria dos arquitetos e dos engenheiros se não fossem os operários". Ele sorriu, concordou, deu-me bom dia e nos desejamos um bom dia de trabalho.

Companheir@s, a história verídica acima é um caminho e tanto para refletirmos sobre o mundo do trabalho e, querendo ser ainda mais específica sobre nossas trinta horas.

Recebi e-mails sobre a vitória e a possível derrota dos colegas de Campinas. Pensei: PQP!!! Ora, seja qual for a instituição empregadora, trabalhamos diretamente com o trabalhador, o não trabalhador e seus familiares. Fora de mim ter uma visão messiânica da profissão, mas sei do significado social que a mesma possui. Assim, nossa categoria precisa de um agito (como o Egito!), urgente!

Estamos como se tivéssemos ganho na loteria e tivéssemos perdido o bilhete (olha, não estou sob uma visão que aliena, achando que a lei é prêmio! Sei que foi uma árdua luta!), mas através dessa metáfora quero concluir que a busca deste "bilhete" depende de todos nós, tal como a união faz a força... e o açúcar :-). Mas quando desfrutaremos do doce? E ainda, é lei, não é para ser desfrutada e sim para ser cumprida!

SÓ MAIS ESSA: imagine chegar numa ilha paradisíaca de helicóptero e perceber que a única pousada está lotada e você não tem nenhum barco e nenhuma barraca para se alojar. Pois é. Achávamos que tínhamos chegado ao paraíso, comemoramos, choramos, nos emocionamos. Mas, voltando à ilha, poderíamos até tentar montar um abrigo com galhos e folhas secas, o que iria levar muito tempo. E se não estivéssemos sozinhos, tal construção dos abrigos naturais não seria muito mais rápida, até podermos desfrutar da ilha paradisíaca por inteiro? Pois bem, A LEI É PARA TODOS OS ASSISTENTES SOCIAIS E NÃO SOMENTE PARA OS COLEGAS QUE ASSINARAM UM CONTRATO DE TRABALHO!

Por favor, encaminhem esta mensagem a tod@s @s assistentes socias da prefeitura que vocês conheçam!!!

FRANCINE DE SOUZA LADEIRA
Assistente Social da PCRJ

Um comentário:

Anônimo disse...

O SILÊNCIO DIZ MUITA COISA! Comprovei isso com uma professora de artes cênicas também da rede municipal de ensino (que claro, para não viver só de comida e bebida,é também atriz e produtora cultural).Gera reflexão, mas e a atitude, onde fica???